quarta-feira, 29 de março de 2017

CONVERSO COM MEUS VASOS, SOU DESSAS


( E ELES RESPONDEM)

 Morar num pequeno apartamento do interior não me exclui de sonhos verdes!

Houve tempos em que eram sessenta vasos que disputavam comigo o direito de ser natureza em casa. Os anos me ensinaram que menos é mais também na alegria de viver com poucas mas especiais plantas que, de alguma forma, significam coisas especiais na minha vida . . .

Não abro mão de ir girando as plantas, objetos e móveis de lugar. Isso parece que me oxigena e distrai. Uma recente decisão de gastar o necessário ( somente o necessário) vai me colocando em novas ideias. 

Conversar com cada plantinha tem sido um relax que ao mesmo tempo me estimula. e cada pequeno grande verde vai sendo BIOGRAFIADLEO.



ESTA PEQUENA SACADA OPERA INCRÍVEIS ENERGIAS DE CONVIVÊNCIA, RELAXAMENTO COM DIREITO À REDE INCLUSIVE, APERITIVOS, DEGUSTAÇÃO DE CERVEJAS ARTESANAIS E LONGOS PAPOS MARIDESCOS OU FILIAIS

O SOL DA MANHÃ É SEMPRE BEM VINDO EM SUA ÚNICA VISITA À SACADA. QUANDO ESTOU EM CASA, NÃO PERCO A OPORTUNIDADE DE CUIDAR DAS PLANTAS, FAZER EXERCÍCIOS VISUAIS . . .



PLANTA RESISTENTE, BRILHANTE, QUE PEDE POUCAS REGAS, DIRIA QUE QUINZENAL

ALGUMAS SUCULENTAS PASSEIAM PELA CASA, APOSTANDO EM JUSTA LUMINOSIDADE A TODAS


NO TANQUE BRINCA DE FINGIR COM O BONSAI ARTIFICIAL E AJUDA A DISFARÇAR OS CANOS DE ENTRADA E SAÍDA DA MÁQUINA DE LAVAR

NA PRATELEIRA DA JANELA DA LAVANDERIA A HERINHA EM CACHEPÔ DE MINIATURA DE SACOLA DE MARCADO TOMA O SOL DA TARDE. ESSA TAMBÉM PASSEIA EM RODÍZIO PELO NINHO

ESTA OUTRA QUALIDADE DE HERINHA É UM PENDENTE QUE AJUDA A DIVIDIR COZINHA DE LAVANDERIA E CAI QUASE QUE SEM QUERER SOBRE A FRITADEIRA. AÍ TAMBÉM REPOUSA DIARIAMENTE O KEFIR, COBERTO COM TELA, PARA RESPIRAR E SUPRIR MATÉRIA PRIMA SAUDÁVEL DIÁRIA PARA NOSSOS TEMPEROS DE SALADA, IOGURTES E OUTRAS GRACINHAS GOURMETS

A ESPADA DE SÃO JORGE, QUE AO CONTRÁRIO DA GRANDE MAIORIA DAS PLANTAS PRODUZ OXIGÊNIO DURANTE A NOITE, É UM LINDO CUIDADOR DOS NOSSOS ARES NOTURNOS NA SALA 

AMO UMA PLANTINHA NA PIA PEQUENINA, MAS COMO FICA SUSPENSA, NÃO ATRAPALHA EM NADA


STA SUCULENTA É UM BEBÊ QUE ME EXPERIMENTA, ME DESAFIA, MAS FINALMENTE ESTÁ ME PRESENTEANDO COM VÁRIAS FOLHINHAS ( OU SERIAM FILHINHAS?). FICA NA MESINHA DA SACADA

ESTE MIX DE CACTOS E "PRIMAS" FOI FEITO POR MIM. DEMOROU MUITO PRA DEMONSTRAR GRATIDÃO, MAS AGORA É UM ARRANJO MUITO FOFO

VISTO DE CIMA , FRENTE E VERSO


ESTE VASO É MUUUUUUITO ANTIGO E TODO ANO NO VERÃO ME DÁ UM GRANDE TRABALHO PORQUE ENCHE DE LARVAS ( ACHO QUE DE BORBOLETAS, QUE SÃO MUITAS POT PERTO ) QUE COMEM AS FOLHAS SEM PIEDADE. ENTÃO TODOS OS DIAS EU AS TIRO COM PINÇA DE SOBRANCELHAS E AS JOGO NO JARDIM PARA ONDE DÁ A SACADA. EM COMPENSAÇÃO, QUANDO CHEGA O AMADO OUTONO ELA AGRADECE.



ESSA PRINCESINHA DEI-ME DE ANIVERSÁRIO: É UM BONSAI DE JABUTICABEIRA QUE, AOS POUCOS, ESTOU APRENDENDO A CUIDAR. AOS QUASE SEIS MESES DE LAR, JÁ SEI QUANDO PODAR E QUE NÃO DEVO FICAR UM ÚNICO DIA SEM REGAR, MAS SE NECESSÁRIO, DE VEZ EM QUANDO ELA ME PERDOA.


NÃO, NÃO É O PÔR DO SOL: É O AMANHECER ME ANUNCIANDO QUE É DIA DE MINHA ALMA VERDE RESPIRAR FELIZ . . .

segunda-feira, 27 de março de 2017

FASES, ELEMENTOS EM UMA CONTA DE SOMA FELIZ


SÓ QUE NÃO . . .

Se a vida é feita da soma de fases sequenciais, eu, como velha desistente de matemáticas complicadas, penso que  soma é a mais simples das operações. O cérebro humano aceita somar e evita subtrair. Perder não é um verbo humanamente aceito. O cérebro combate essa segunda conjugação indesejável, em contraposição a tantas outras segundas conjugações desejáveis como entender, viver, pertencer, etc..

A alguns meses de completar 65 anos vivo uma fase delicada de alguns dias em casa reprogramando o cérebro a ver a vida sob novo olhar, literalmente. Semana passada operei a catarata do olho direito, sem ainda saber que seria necessária também a cirurgia do olho esquerdo (fui informada disso no retorno ao consultório, pós cirurgia) - o primeiro retorno que promete ser de vários - sem mais delongas. Fase extremamente didática para quem, apesar da idade, leva a vida agarrando o touro à unha! Absolutamente esforço  algum (zero) durante os 15 primeiros dias, o que me obrigou a não ter as coisas feitas no exato momento em que as quero assim.

Um marido 100% parceiro tem tornado as coisas até gostosas de serem vividas, mas algumas  estão me exigindo delicadas readequações. Quem me "acompanha" conhece minhas dificuldades de visão, devidas a uma doença de mácula, agravada há décadas por uma cicatriz no campo central de visão do olho esquerdo, por conta de um procedimento de laser mal sucedido, para tentar banir uma das muitas "bolhas" oculares. Esse procedimento foi feito pelo mestre dos mestres da área, de quem uma renomada oftalmologista de Jacareí era assistente naquela época ( foi quem me conduziu a ele, já que na cidade não havia equipamentos ou know how para tal). 

Tinha que ser assim, tinha que haver essa dificuldade na minha vida; conheço o importante papel das pedras no caminho da evolução. Com o passar do tempo a idade vai trazendo desgastes que agravam também a visão, mas continuo agradecendo a Deus toda manhã, quando saio do elevador para trabalhar e ganho o presente da bela paisagem da SERRA DA MANTIQUEIRA, sempre fiel ali, a me lembrar que é um privilégio enxergar  essa felicidade diária. Voltar ao ninho em fins de tarde é ter outro presente: o mais lindo pôr do sol da cidade, visto daqui de cima ( quem mora no "topo do mundo" sabe do que falo).

Voltando à fase do repouso em licença médica, passou a fase de não dar certo alguma coisa na cirurgia, mas vivo a provisoriedade de, apesar de dispensar óculos para longe e médias distâncias, a visão para perto continuar uma incógnita. Uso óculos de leitura provisórios, desses de farmácia ( por sugestão do cirurgião) e conheço bem o desconforto que isso vai me causar na volta ao trabalho, mas gosto de focar no fato de que É PROVISÓRIO . . . assim que a segunda cirurgia for feita e outro mês de recuperação e adaptação dos olhos se acomodar, aí sim novos óculos hão de me realizar a otimista expectativa de recuperar qualidade de vida rotineira, que andava nos dois ou três últimos anos, muito prejudicada. Ainda não testei, mas percebo que dirigir meu carro deixará de ser problema (estava tão complicado!) sério. Profissionalmente o progresso visual vai demorar um pouco ainda, principalmente porque usei na cirurgia a lente simples do cristalino, coberta pelo convênio, por motivos óbvios. Vou continuar usando óculos, claro, mas enxergando muito melhor, depois que a segunda cirurgia e a nova fase de adaptação fizerem parte do passado, cujo resultado há de ser muito positivo. 

Por enquanto este post está sendo escrito no note do escritório, com as costas apoiadas na poltrona, para ficar mais longe da tela, do jeito que, surpreendentemente seria pouco provável, já que para isso óculos de leitura antigos e fora de uso ficaram perfeitos. Para o celular ( de pertinho...rs...), os tais óculos de farmácia, mas hoje vou tentar achar outros um pouco mais fortes, já que ficarão em uso por cerca de três meses e então valerão cada "centavo provisório". Para ver TV  e olhar a paisagem da sacada, não preciso de ajuda !

Ainda não posso forçar a vista, pingo colírios o dia inteiro, mas se Deus permitir, na próxima semana de licença médica já conseguirei voltar ao trabalho de casa (coisa que todo professor sabe ser 50% da carga total de afazeres profissionais) e no começo de abril deverei voltar ao trabalho, mas ainda impedida de ficar em meio com ar condicionado.

Tudo vai se acomodando, nesta minha sequência de fases...

Gratidão, gratidão, gratidão ...