domingo, 13 de novembro de 2011

°°°transformação tecnológica em mim°°°


meu radinho de bolsa
meu radinho de jovem
radinho do meu fusca
 Gosto muito de deixar a globonews falando no meu ouvido como se radinho de cabeceira fosse. Lembro que isso de radinho de cabeceira ou de bolsa mesmo era marca registrada da minha geração. Ouvir o Hélio Ribeiro falando "MUUUNDIALLLL" com sua voz de veludo era tudo de bom, só que eu não gostava das traduções que ele declamava em cima das músicas; preferia ouví-las sem isso, em paz...mas na relação custo-benefício eu gostava muito dele e de seu programa. A Jovem Pan, então, com seu jornal de melhor qualidade era espetacular...excelente jornalismo, sem esses apelos datenescos...rs...(detesto apelação de qualquer espécie, mas as que tratam o ouvinte como idiotas são as campeãs no pódium da falta de qualidade).
 Lembro também de um programa de rádio do Ronnie Von (acho que na Joven Pan, mas não tenho certeza), onde ele fazia reflexões muito parecidas com as minhas de adolescente, do tipo: "será que o que enxergo vermelho e aprendi a chamar de vermelho é igual ao que todos enxergam, ou cada um vê de forma diferente, mas chamando pelo mesmo nome que recebeu como informação?" . Quase caí da cadeira da escrivaninha, no meio de uma tarefa de escola, quando ele falou por vários minutos sobre coisas assim...nunca havia me identificado tanto com um artista como naquele momento. Hoje analiso a rotina de informação que a tecnologia contemporânea torna obsoleta todos os dias e me ponho a pensar: porque será que a tecnologia de antes me proporcionava muito mais foco/atenção que a de hoje em dia? Era tão fácil prestar atenção num filme, numa notícia, numa música do rádio...Percebo então que antes fazíamos uma coisa de cada vez, não corríamos tanto nem tínhamos tantas coisas pra dar conta.

Olho ao meu redor, vejo quanta coisa tenho no escritório e penso no meu quarto de jovem: uma cama de solteiro, uma escrivaninha vermelha linda (pintada por mim), uma mesa de cabeceira com minha vitrola e discos (os bons e velhos vinis). O imenso armário embutido misturava-se à parede e, portanto, não conta...Pouca informação visual..vida clean como meu quarto.
minha vitrola

 Eu mesma mudei esse conceito: meu ninho é cheíssimo de coisonas e coisinhas, pois fui mudando para menor o tamanho de minhas casas, sem dispor de tudo que deveria e tudo foi ficando meio "over", porém esteticamente harmônico, para meu gosto.

Procuro cultuar o desapego material, pois gosto muito do conceito feng shui para harmonização de ambientes, mas parece que quase automaticamente substituo por outro o objeto do qual disponho na tentativa de "enxugar" o ninho...
Pelo menos o blog me devolveu o hábito de registrar em letrinhas meus pensamentos íntimos/intimistas e isso me tem  feito muito bem. A produção escrita fica  mais eficiente tanto quanto é exercitada e nisso o blog me ajuda...Não fosse assim, meus textos seriam estritamente profissionais e minhas leituras, técnicas...
É, a tecnologia pode humanizar a contemporaneidade sim...Basta que eu jogue  em próprio favor...brecar voluntariamente o que não é saudável...simples assim, como gosto de falar

Um comentário:

  1. Oi,
    Muito boa postagem. Como tudo na vida, a tecnologia também tem seus dois lados!
    Que bom que vc está participando do sorteio lá no meu Blog!
    Boa Sorte!
    Beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com/

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A D O R O O O...OBRIGADA !