Imprevisível, como sempre !
Surpreendente sua capacidade de não repetir-se jamais.
Nha Maria dessa vez não avisou . . . Apenas pegou carona no meu pensamento.
Estávamos no escritório, num desses momentos inesquecíveis. Música do filme Casablanca tocando. De repente sinto a mão também surpreendente dele em meu ombro e, sem dizer nada, seu sorriso levou-me a uma pista de dança inexistente no escritório. Saímos dançando assim, lentamente, num abraço carinhoso e manso ; felizes em nossos pijamas construímos o mais lindo salão de baile e eu, que nem gosto muito de baile e dança, fui a mais feliz das noivas naquele momento.
Dois dias depois eu, rindo sozinha quando lembrava de tanto encanto, disse a mim mesma que aquilo bem merecia um espumante, mesmo que dos sem álcool, pois cabia tanto na elegância como no encantamento de Casablanca!
De novo ouvi o estalido da rolha do espumante e, assustada procurei em volta por alguma coisa que justificasse o ruído. À minha frente estava Nha Maria, "espanando" gotinhas da "champanha" ainda em seus cabelos e laços de fita . . . Sim, ela chegou saída da garrafa que estava no meu pensamento. Sorriu e anunciou, como sempre, "Cheguei" !
__ Que bom você avisar, Nha Maria, eu não teria notado - respondi como sempre, para não perder pose e hábito, numa só frase.
__ Vim apenas para lembrar você de que eu avisei que seria tudo surpreendente, romântico e fora dos seus padrões previsíveis e chatos, minha cara . . .
__ E?...
__ E mais uma vez eu tinha razão e você não - riu ela na resposta segura de quem tem sempre razão. Eu ainda estava tonta e já nem sabia se era por conta das lembranças do baile imaginário ou da figura impressionista da pequena grande fada que outra vez estava me aconselhando disto ou daquilo.
__ Já está na hora de você entregar-se sem defesas, minha cara. A casa não caiu, você não se feriu e o rio segue seu curso tranquilamente. A torcida ? Ora, a torcida ! Como sempre ladrará enquanto sua vida vai passando. Que sorte a minha você imaginar essa "champanha" sem álcool. Eu não saberia o caminho de volta se viesse nadando na velha e boa francesa. Arruma sua mala imaginária, disse-me ela, porque de hoje em diante você vai "passear" assim pela vida, entre sonhos dançados, descansados ou trilhados. Acostume-se, ele é assim e assim sempre será! Tenho que ir, há outro sonho sendo sonhado exatamente agora, e por alguém mais teimosa que você. Divirta-se: entenda de uma vez por todas que você não erra . . . você simplesmente ama !!!
Thomé Madeira também comentou sobre esse momento mágico . Ele ouviu contar por aí esse causo e, como eu, achou bonito de escrever. Ache-o linkando AQUI e boa (re) leitura lá no blog " SENDAS DE UM CAVALEIRO MOURO".
Que lindo! E que tenhamos sempre esses momentos dignos de um champanhe, mesmo sem álcool.
ResponderExcluirUma linda semana cheinha de coisas boas e alegres para você.
joturquezzamundial
Beijos.
Que conto verdade lindo! Amei esse momento e acho que Nha Maria já me visitou...Conheço essa sensação de me levantar, e após o tilintar do brinde das taças, em 1 e 1, dançar no embalo da música favorita...Tudo de bom! Sejam felizes...Beijos e linda semana!
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